Representantes da Fampesc e da Ajorpeme reuniram-se com o presidente da Assembleia Legislativa, Júlio Garcia, nesta segunda-feira (11), para pedir apoio no diálogo com o governo do Estado, com o objetivo de estabelecer rigorosos protocolos de segurança para a volta das atividades dos Centros de Educação Infantil. O presidente da Federação, Alcides Andrade, defendeu um retorno com rígido controle sanitário, da mesma forma como Alemanha e outros seis países europeus já estão fazendo.
Um dos graves problemas que já aparecem é a informalidade, verificada em Joinville. Com as escolas fechadas, pessoas sem a devida formação estão cuidando de crianças, relataram o vice-presidente da Ajorpeme, Valmir Santhiago Junior, e o presidente do Núcleo de Educação da associação, Ricardo Faquini.
“Devemos trabalhar com senso de extrema responsabilidade. Sabemos que não é uma decisão simples. Mas precisamos e, principalmente, temos as condições de seguir o exemplo dos países europeus que estão reabrindo as escolas, sempre dentro das normas de controle da pandemia”, ressaltou Alcides Andrade. “Parece mais sensato dar a opção aos pais de ter a escola aberta para receber seus filhos com segurança, do que deixá-los com parentes, amigos, vizinhos ou em espaços sem os devidos cuidados”, explicou.
O presidente da Fampesc chama a atenção para o fato de que só existe este pedido de reabertura, pois Santa Catarina controla a pandemia da Covid-19. “Inclusive a Justiça diz que os estados devem decidir conforme sua realidade. E, dentro dos estados, os municípios e regiões também devem decidir de acordo com a situação de cada um”, lembrou.
Para a federação, uma eventual quebradeira nos centros de educação infantil sobrecarregaria as escolas púbicas, que já não conseguem atender toda a demanda. A entidade já encaminhou ao governo do Estado uma sugestão de protocolo com rígidas medidas sanitárias para a reabertura, mas ainda não obteve retorno.
Na última quinta-feira (7), a Fampesc debateu o tema com 60 lideranças estaduais, com a presença dos deputados estaduais Kennedy Nunes (PSD) e Fernando Krelling (MDB), bem como de representantes das Ampes de Balneário Camboriú, Blumenau, Itajaí e Joinville (Ajorpeme).
De acordo com Nivaldo Ávila dos Santos, diretor do setor de escolas da Fampesc, “vários setores reabriram e não há por que manter as escolas fechadas, pois já existe tradicionalmente um cuidado muito grande dos professores e direções com os alunos. Portanto, a higienização será extremamente rigorosa”.