A trajetória das federações empresariais em Santa Catarina supera 70 anos, mas só agora uma mulher preside, como titular, uma dessas entidades. É a empresária Rosi Dedekind, de Joinville, que assumiu dia 19 de maio a presidência da Federação das Associações de Micro e Pequenas Empresas e Empreendedores Individuais de SC (Fampesc).
Ex-presidente da Associação de Joinville e Região da Micro e Pequena Empresa (Ajorpeme), maior entidade do segmento na América Latina, e atuante no setor de hotelaria (Hotel Colon Palace), Rosi era vice-presidente da Fampesc e sucede Alcides Andrade, que assumiu projeto nacional. A missão é liderar ações para ajudar os associados a enfrentar a pandemia.
A Fampesc reúne 22 associações com mais de 30 mil empresas associadas em SC, mas representa todo o segmento. Acompanhe a entrevista em tópicos:
Desafios atuais
“O maior desafio das micro e pequenas empresas, no momento, é o acesso ao crédito. Estávamos torcendo muito para que o projeto do Pronampe, do senador catarinense Jorginho Mello, fosse viabilizado. A Caixa começou a viabilizar e esperamos que outros bancos façam o mesmo, hoje, o que está faltando é fluxo de caixa. É um dos maiores desafios que temos. O dinheiro vai para capital de giro e consegue manter empregos”.
Para o pós-pandemia
“O que a gente tem divulgado bastante aos associados da Fampesc é a importância da reestruturação das empresas, de cuidar dos recursos financeiros, de rever custos. Isso porque a economia não vai voltar mais a ser o que era antes, há necessidade de as empresas se reinventarem”.
Fampesc e a tecnologia
“Na próxima reunião da Fampesc vamos falar sobre planejamento. O objetivo é passar diretrizes para que as empresas consigam se adaptar e, também, mostrar a importância do associativismo. Estamos oferecendo consultorias em diversas áreas. Uma delas é sobre tecnologia”.